quarta-feira, março 18, 2015

“Por ter dois ouvidos conseguia ouvir! Hoje com 1 ano de Toastmaster consigo escutar atentamente!”

Em 16 de Marlo recebi da Sara Magalhães Division D Governor Toastmasters de Portugal e de Gustavo Amaro, Area Governor da Area D7 o diploma de CC



Nos Toastmasters existem dois percursos disponíveis:

Percurso de Liderança
O Percurso de Liderança é composto por 3 níveis de certificação que vão sendo atribuídos com a conclusão dos requisitos em cada nível. As capacidades de liderança para atingir a certificação Competent Leader são desenvolvidas à medida que o membro vai desempenhando as diversas funções de acordo com o manual Competent Leadership. As restantes certificações envolvem atividades adicionais tais como a organização de eventos, mentoring, funções de direção do clube entre outras responsabilidades na organização Toastmasters.

Percurso de Comunicação
O Percurso de Comunicação é composto por 4 níveis de certificação, os quais são atribuídos de acordo com a conclusão dos 10 projetos de cada nível. Este percurso está orientado à melhoria das capacidades de escuta ativa e falar em público nas mais diversas situações. O membro vai evoluindo progressivamente à medida que vai entregando os seus discursos nas sessões Toastmasters agendadas ao longo do ano.

Apresento de seguida o quadro com as data relevantes do dois percursos que fiz!



Tem sido momentos de apredizagem fabulosos dos quais destaco:

  • Discursos Preparados;
  • Discursos de improviso; 
  • Momentos de avaliação; 
  • Feedback;
  • Gestão Corrente;
  • Convivio;
  • Conhecimento de muitas pessoas,
  • Promoção de Torres Vedras
  • Encontros nacionais;
  • Cocursos;
  • Intercâmbio internacional;
  • Liderança na prática;
  • Equipa de officers fabulosa;
  • Jantare;
  • ...
Melhor que tudo estou no meu ambiente pois sintr-me bem pois não sou um "agricultor que lança a semente, sou alguém que  fornece condições adequadas para que a semente desenvolva todo o seu potêncial".

Por isso posso afirmo “Por ter dois ouvidos conseguia ouvir! Hoje com um ano de Toastmaster consigo escutar atentamente!” 

         
18 de março de 2015
Armando Fernandes
Presidente do Torres Toastmasters


quinta-feira, fevereiro 12, 2015

Alguns esclarecimentos sobre a legislação e contribuição sobre os sacos plástico!


1.       Preambulo da Portaria n.º 286-B/2014 de 31 de dezembro

A Lei n.º 82 -D/2014, de 31 de dezembro, que procede à alteração das normas fiscais ambientais nos setores da energia e emissões, transportes, água, resíduos, ordenamento do território, florestas e biodiversidade, introduzindo ainda um regime de tributação dos sacos de plástico leves e um regime de incentivo ao abate de veículos em fim de vida, no quadro de uma reforma da fiscalidade ambiental, cria, no seu artigo 30.º, uma contribuição sobre os sacos de plástico leves, estabelecendo as regras e os princípios gerais de aplicação da contribuição sobre os sacos de plástico leves.

2.       Enquadramento

Em 1 de Janeiro de 2015 entrou em vigor a portaria referida no ponto anterior e colocada em anexo à presente informação e que produz efeitos 30 dias depois. Também  prevê que a partir de 15 de fevereiro de 2015 todos os sacos de plástico leves, distribuídos aos consumidores finais, estejam obrigatoriamente sujeitos a esta tributação.

O valor da contribuição é de 0,08 euros (acrescidos de IVA, o que perfaz 0,10 euros) pago por cada saco e incide sobre os sacos de plástico leves, produzidos, importados ou adquiridos em Portugal continental, bem como sobre os sacos de plástico leves expedidos para o mesmo território.

 Na prática trata-se de um encargo suportado pelo comprador final, já que os agentes económicos irão repercutir o encargo económico da contribuição para o seu adquirente, a título de preço, discriminando-o na fatura, mesmo que não cobrem qualquer valor pelo saco.

3.       Definição de  "Saco de plástico leve"

No artigo 2º da Portaria é apresentado  o conceito de "Saco de plástico leve": é o saco, considerado embalagem em conformidade com a definição constante na Diretiva 94/62/CE, de 20/12, composto total ou parcialmente por matéria plástica, de conforme com a definição constante do nº 1 do artigo 3º do Regulamento (UE) 10/2011, de 14/1, com alças e com espessura de parede igual ou inferior a 50 μm, vendido ou disponibilizado gratuitamente ou com custo associado, avulso ou embalado, nomeadamente os abrangidos pelos seguintes códigos NC (*): 3923 21 00 (sacos de quaisquer dimensões de polímeros de etileno), 3923 29 10 (sacos de quaisquer dimensões de policloreto de vinilo) e 3923 29 90 (sacos de quaisquer dimensões, de outros plásticos).



4.       Síntese dos prazos e ações para estar dentor da lei
a.        Até 31 de Janeiro podia comprar os sacos sem liquidação da contribuição;
b.      Depois de 31 de Janeiro que todos os sacos de plástico leves adquiridos ao fornecedor estão sujeitos à contribuição;
c.       Até  15 de Fevereiro é possível disponibilizar sacos de plástico ao consumidor final sem a contribuição;
d.      Desde 15 de Fevereiro, têm de ser cobrados os 0,10 euros da contribuição.
e.      O stock de sacos adquiridos sem contribuição, e que os comerciantes não consigam escoar até 15 de Fevereiro, deve m declarar a quantidade de sacos respetiva e pagar a correspondente contribuição.

5.       Objetivo do Governo

Ainda no preambulo da portaria estão definidos os objetivos “Com a aplicação desta contribuição pretende-se pros- seguir objetivos explícitos de política ambiental, vi- sando a redução da quantidade de sacos plásticos leves produzidos e consumidos e a preferência por soluções ambientalmente mais sustentáveis, como a utilização de sacos reutilizáveis, garantindo o combate à acumulação de resíduos de plástico nos ecossistemas, nomeadamente no meio marinho”

6.       Isenções

A isenções estão carateirzadas no nº 3 da portaria que transcrevo:
a)  Sejam objeto de exportação pelo sujeito passivo;
b)  Sejam expedidos ou transportados para outro Estado membro da União Europeia pelo sujeito passivo ou por um terceiro, por conta deste;
c)  Sejam expedidos ou transportados para as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira;
d)          Sacos sem alças, disponibilizados no interior do ponto de venda de mercadorias e produtos, que se destinem a entrar em contacto, ou estejam em contacto, em conformidade com a utilização a que se destinam, com os géneros alimentícios, abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 62/2008, de 31 de março, alterado pelos Decretos-Leis n.os 29/2009, de 2 de fevereiro, e 55/2011, de 14 de abril, incluindo o gelo;
e)  Sejam utilizados em donativos a instituições de solidariedade social.


7.       Quem é o sujeito passivo?

Regulado pelo artigo 4º da Portarria há alguns fatos importantes:
f.        O gera a contribuição é a produção, a importação e a aquisição intracomunitária de sacos de plástico leves.
g.       Os seus produtores ou importadores com sede ou estabelecimento estável em Portugal continental, bem como os adquirentes a fornecedores com sede ou estabelecimento estável noutro Estado membro da UE ou nas regiões autónomas são os sujeitos passivos.
h.      Já os comerciantes em geral, que disponibilizam os sacos de plástico leves, gratuitamente ou não, adquiridos previamente  não são assim sujeitos passivos. Ficam com o dever de incluir e discriminar a contribuição na fatura que emitem para o comprador final.
i.         A fatura deverá indicar a designação do saco (como «sacos de plástico leves» ou «sacos leves»), o nº de sacos vendidos ou disponibilizados e o valor cobrado a título de preço, incluindo a contribuição devida.
j.        A contribuição é exigível no momento do consumo, ou seja, quando são entregues e faturados pelos sujeitos passivos.
k.       A introdução no consumo dos sacos de plástico leves deve ser formalizada através da Declaração de introdução de Consumo (DIC)  que deve ser processada com periodicidade trimestral, até ao dia 5 do mês seguinte ao final de cada trimestre do ano civil em que ocorreram as introduções no consumo

8.       Período de transição

Esta nova contribuição sobre os sacos de plástico leves tem de ser liquidada pelos produtores ou importadores a partir do dia 31 de Janeiro!
Quer dizer que  todos os sacos de plástico leves adquiridos desde da mencionada data pelos retalhistas aos produtores terão, necessariamente, de suportar a contribuição de 0,10 euros (0,08 euros + IVA) sobre cada um. (artigo 38 da Lei n.º 82-D/2014de 31 de dezembro)

A partir do próximo dia 15 de Fevereiro de 2015 todos os sacos de plástico leves disponibilizados ao consumidor final devem ser vendidos contendo a contribuição de 0,10 euros.

Quer dizer que os retalhistas só podem disponibilizar aos seus clientes  sacos sobre os quais já tenham suportado a contribuição de 0,10 euros no momento da aquisição dos mesmos junto do produtor.
Pelo fato referido no paragrafo anterior terá de ser escoado todo o stock de sacos de plástico relativamente que não tenham pago imposto.

No caso de não terem conseguido escoar todo o stock de sacos, o Governo criou um mecanismo que permite de forma voluntária e temporária regularizar os 'stocks' de sacos plásticos leves "para que estes possam, posteriormente, ser distribuídos aos consumidores com a contribuição, de acordo com o estabelecido na Lei".
Por isso os comerciantes têm até ao último dia útil de Fevereiro de declarar voluntariamente à Autoridade Tributária e Aduaneira,  a quantidade de sacos plásticos leves que necessitam de regularizar e 'a posteriori' pagar a respetiva contribuição para que estes entrem na cadeia comercial.
  
(*)Nomenclatura Combinada (NC) é a actual nomenclatura pautal e estatística da União Europeia). Foi criada pelo Regulamento (CEE) n.º 2658/87 do Conselho, de 23 de Julho de 19871 , com base na «Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias» (Sistema Harmonizado) da qual a Comunidade é signatária.


quinta-feira, janeiro 15, 2015

Sobre refeições de negócios – refeição / reunião ou reunião/refeição

         
          Numa das últimas workshops sobre vendas que ministrei um dos formando levantou a questão da postura e atitude a termos quando realizamos refeições de negócios e respectivas vantagens e desvantagens!
Iniciei o debate lançando algumas perguntas e depois fomos desenvolvendo o tema.
         Antes de fazermos uma reunião devemos ter objectivos bem definidos, e perceber se retiramos algum proveito do investimento de tempo e dinheiro na refeição:
        -  Se queremos levar o cliente para fora do seu ambiente de trabalho e colocá-lo num clima de descontração e de relaxamento onde consigamos estar numa relação de igual para igual,
         - Se queremos encontrar pontos comuns para criar maior empatia e compreensão, alinhando aspectos de interesse comum (gastronomia, vinhos, etc.)
       - Se queremos criar uma relação favorável e influenciadora do processo de decisão.
Realizar um refeição de negócios pode ser rentável mas para obtermos esse resultado temos de organizá-la bem.

         Uma refeição de negócios  deverá  ser entendida como um trabalho de produção de influências, deve ser organização com precaução assente numa ou em várias estratégias.
           Por isso o treino das nossas capacidades auditivas é fundamental para os resultados finais! Temos de  estar preparados para Ouvir, Ouvir e continuar a Ouvir, fazendo algumas perguntas abertas que direcionem a conversa e os temas para os nossos objectivos. 

          Antes da marcação da refeição/reunião, há que efectuar algum trabalho de casa, devemos  recolher informações sobre os gostos do cliente, pois serão o “sal” para a manutenção de conversas cúmplices, onde possamos criar um clima de simpatia e compreensão mútua.

           Temos de controlar a reunião e por isso temos de ser nós a escolher o local.                        Devemos também confirmar com antecedência da disposição do convidado a frequentar esse local. Temos de ser precisos na marcação da data e hora, e no local temos surpreender pela positiva.

           Ainda antes da refeição devemos saber com antecedência se existem problemas profissionais que podem ser apresentados na refeição, para não sermos surpreendidos. Estes problemas devem ser sempre, que tal for possível ser, debatidos antes ou fora da refeição.

          Um dos formandos presentes perguntou-me se deveria  um  cliente importante que conhece à pouco tempo para uma refeição. Respondi-lhe que eu em principio não realizaria esse convite sem conhecer um pouco mais do cliente, pois gosto que o convite pareça algo original e subsequente a uma relação profissional que necessita de construir alinhamentos e sintonias, e não como uma forma de pressão ou “lobie”.  

          Também discutimos se no decorrer de negociações mais prolongadas deveríamos realizar refeições e depois de algumas sugestões concluímos, que deveríamos preparar a refeição em função de objectivos e da fase da refeição.

        Então efectuei uma actividade de grupo com todos os presentes e foi apresentada a seguinte metodologia para o desenvolvimento de uma reunião de negócios.
·        Inicio – Distribuição dos lugares e escolha dos pratos de acordo com as preferências
·        Entradas – nesta fase da refeição seria o memento de levantar os problemas e pontos de interesse
·        Prato principal – neste momento devemos fazer sínteses, propostas,  apresentar as vantagens Sobremesa – falar de algumas observações e objecções a tratar.
·        Café – finalização da refeição e da reunião.

          Esta metodologia que desenhamos poderá resultar, no entanto pareceu-me demasiado sistémica, e por isso poderá transformar a refeição num desastre ea reunião num fracasso. A magia da refeição pode e deve ser orientada para dar alento a uma relação profissional
          Depois de ter colocado esta objecção tivemos um debate intenso, e alguns dos presentes sugeriram que deveríamos falar dos temas de negócios no fim da refeição.
        Alertei então para dois tipos de risco para essa solução:
1º O de  haver já algum álcool e vinhos à mistura, e os resultados serem perfeitamente imprevisíveis!
2º Sendo tarde e havendo outros compromissos, dá-se um adiamento e temos uma reunião sem resultados.
        Encaminhei então a sessão com o seguinte desafio – Vamos criar uma estratégia para a nossa próxima Reunião / Refeição substituindo o que fazemos actualmente a Refeição/reunião. E concluímos:
1ª Antes de nos sentarmos tentamos acordar e alinhar o desenvolvimento da reunião e da refeição de negócios, para que possamos usufruir do processo de degustação. É fácil e rápido este alinhamento é pois há necessidade de encomendar a refeição.
2º Inicia-se a abordagem das situações a falar e a negociar, que devem ser interrompidas quando chegam os pratos. Nota: uma boa organização e orientação dos temas a falar poderá  permitir um bom avanço no momento da escolha dos vinhos.
3º Interromper o  tema durante a refeição e deverá ser um momento de socialização profissional  onde devemos colocar algumas perguntas abertas para conhecemos melhor o nosso interlocutor e a sua empresa, induzindo-o a falar de situações positivas e da sua vida pessoal e profissional e tentar perceber os seus desejos para o futuro. (ex: êxitos, desejos, passatempos, informações sobre a empresa, etc.).  Nota: Mostrar muito interesse e ouvir atentamente,  pois todas as pessoas tem necessidade de ser ouvidas.
4º Após a refeição e quando espera pela sobremesa tentar fechar o processo da reunião, deixando para os café uma síntese da reunião e a definição dos próximos passos.
         Já passaram mais de 6 meses da realização desta formação e o feedback que recebi dos formandos é que começaram a estar mais atentos à organização das Reuniões/Refeição, tinham deixado de fazer Refeição/Reunião e em alguns casos fizeram só Reunião estavam também a conseguir mais e melhores resultados!

Armando Fernandes
Business Coach  

quinta-feira, janeiro 08, 2015

Planear e controlar a empresa com um Orçamento

 “O senhor poderia dizer-me, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui?”
“Isso depende muito de para onde você quer ir”, respondeu o Gato.
“Não me importo muito para onde…”, retrucou Alice.
“Então não importa o caminho que você escolha”, disse o Gato.
“… contanto que dê em algum lugar”, Alice completou. (…)
(Diálogo entre o gato Cheshire e Alice – retirado do livro “Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carrol)

Tenho verificado que existem muitas empresas e empresários, que têm um comportamento parecido com o da Alice. Não sabem para onde querem ir nem o que caminho de devem tomar.
Poucos são os empresários que organizam um plano de negócios, muitos dizem “estou muito ocupado para planear…”,  e a mensagem que leio é de que está demasiado ocupado por não planear.
Um Plano de Negócios é um dos instrumentos de trabalho mais importantes para um empresário que queira controlar o seu destino, por ter o poder de possuir um documento com as linhas de orientação estratégica que lhe traça o caminho para onde ele quer ir.
O Plano de Negócios é um documento que congrega a missão, visão, crenças, resultados, estratégias, objectivos e tácticas das actividades da empresa e sistematiza a informação necessária para a sua concretização, é também uma ferramenta de previsão, antecipação e resolução de problemas.
Existem dois tipos de planeamento. O de longo prazo, normalmente com objectivos estratégicos, e o de curto prazo normalmente com fins táticos.
O plano estratégico é, para a empresa, como um todo, mas o plano táctico descreve como os sectores irão concretizar os objectivos traçados e as metas estratégicas.
Todas as pessoas da empresa devem trabalhar como uma verdadeira equipa convergindo para que se atinja o destino planeado. O papel do empresário é o de capitão dessa equipa, definindo objectivos e controlando de forma efectiva os resultados obtidos.
Controlar uma empresa é fundamentalmente medir e testar o seu progresso face aos planos, e assim analisar de forma comparativa o que vai acontecendo face ao que foi planeado. Para isso deve controlar:
·         a evolução económica ( custos e proveitos);
·         a tesouraria;
·         o tempo;
·         a produção;
·         a pessoas
·         o marketing
·         as vendas
·         os processo de distribuição.
Estes sistemas de controlo são fundamentais para que haja consistência no negócio.
Um orçamento é o instrumento de gestão que está subjacente ao processo de planeamento e controlo no âmbito do negócio, porque com um orçamento prevemos onde queremos aplicar o dinheiro, tendo como base as expectativas de rendimentos futuros.
O orçamento empresarial fornece o mecanismo para assegurar a correcta medição dos custos e controle das actividades da empresa. Ao mesmo tempo, ele expressa, em termos financeiros, as estratégias e tácticas da empresa, ajudando a medir os resultados.
Prever o futuro geralmente é uma tarefa difícil e desagradável. O futuro, é um alvo móvel e um adequado planeamento e controle orçamental devem reflectir incerteza e risco. Um controlo de execução do que foi planeado permite ao empresário e à sua equipa saber quais os resultados que estão a atingir, e ajudar a modificar, melhorar e adaptar as tácticas que estão a aplicar.
Não devemos esquecer que uma empresa deverá ser uma máquina sofisticada de fazer dinheiro, e que tem imensas responsabilidades sociais, para os proprietários, empregados e fornecedores.
Concluo esta crónica com a célebre frase de (John L. Beckley “A maioria das pessoas não planeia fracassar, fracassa por não planear.”
Armando Fernandes
Business Coach / Consultor de Negócios

quarta-feira, outubro 22, 2014

O que os Clientes Gostam - Notas de leitura do livro de Harry Beckwith “What clients love"

"Tudo o que você pode fazer, ou sonhar, comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia. Comece agora. " Goethe

Nota de leitura do livro de Harry Beckwith“What clients love"


Estou relendo o livro de Harry Beckwith “What clientslove – a field guide to growing your business”
  A reflexão realizada pelo autor é tão interessante que resolvi partilhá-la com os leitores do meus textos.
O livro começa por levantar a seguinte questão:
  • Será o seu negócio possível? Terá o seu negócio êxito?
  • Primeiro tente responder à seguinte pergunta:  - O que é que as pessoas gostam?
Não é importante o que os clientes dizem que querem. A verdade é que os clientes na maioria das vezes não sabem o que querem!
O que é importante é que o empresário faça perceber aos clientes que aquilo que tem para oferecer é exatamente aquilo que eles querem!

Explica Harry Beckwith que nenhum cliente pensou que precisava do multibanco e cartões de crédito, da Disneylândia ou dos telemóveis.
Estes produtos e conceitos foram criados por empresários brilhantes que pensaram que as pessoas adorariam ter estes produtos ou serviços e criaram-nos para os seus clientes usarem e adorarem.
Transmite também algumas ideias de como devemos desenhar os nossos projetos empresariais:     
·         Pede-nos para ponderarmos sobre a forma de como faríamos concorrência ao nosso negócio! De seguida  pede-nos que identifiquemos uma fraqueza que temos. Aconselha-nos então para tomarmos uma atitude – ELIMINÁ-LA! 
·        Pede-nos para fazermos uma pergunta a nós próprios. “Se eu inicia-se do zero, o que faria diferente?”
·         Indica-nos que o valor do planeamento está no processo, porque nos  ensina muito sobre os colaboradores, clientes e mercado!
·        Pede-nos para encontrarmos o “white hotcenter”.
Isto é:  Existem especialistas, editores de opinião, pessoas com poder de influência que tem capacidade de criar seguidores e conseguem ditar as escolhas aos clientes. DEVEMOS USÁ-LOS.
PLANEAMENTO
Apresenta-nos os seguintes 14 Princípios de Planeamento:
1.    Esqueça o futuro. Temos previsões e profecias, podem não ser verdadeiras! As pessoas pensavam que TV eliminaria a necessidade de rádio. Não aconteceu! Devemos planear nas nossas previsões e de acordo com aquilo que entendemos que as pessoas irão adorar.
2.    Pare de ouvir. Os homens não admitem que choram! As pessoas não se revelam facilmente  O público do sexo masculino nunca vai admitir que derramar lágrimas. Quando fazemos pesquisas ao mercado devemos olhar para aquilo que não é visível!
3.    Celebre a loucura. Porque é que as pessoas ficam uma noite inteira sentadas a ver um reality show? A sua ideia pode parecer tola , por ser tola é que funciona!
4.    Resistir autoridade. Coloque 8 pessoas numa sala e veja como a personalidade Alfa se assume. Se você é um Alfa, deverá aprender a ouvir pois os outros tem também ideias;
5.    Olhe para os especialistas com cepticismo;
6.    Cuidado com as pesquisas científicas demercado, elas raramente revelam o que os clientes realmente gostam;
7.    Desconfie da  sua experiência e memória. Às vezes, nós lembram-mo-nos de coisas que nunca aconteceram. Noventa por cento das testemunhas oculares de crimes transmitem dados errados;
8.    Confiança e desconfiança. Não permita que as convicções de outras pessoas fortes o influenciem. Eles usam a confiança como ferramenta de persuasão;
9.    Evite  a perfeição. Busque a excelência profissional;
10.  O senso comum vai mantê-lo longe de problemas, mas romper requer imaginação.
11.  Abrace impaciência. As grandes organizações sofrem de inércia. É necessário manter o negócio em constante movimento;
12.  Procure a água. Nunca sabe onde a água está até a encontrá-la;
13.  Gaste menos tempo num determinado plano, e envie equipas pequenas em diferentes direcções. Nada no negócio está garantido. Sucesso do passado não é a garantia de futuro. Para aprender e viver é necessário continuar a trabalhar;
14.  Procure o investimento que tragam maiores retornos. Cada minuto e cada nota gasta deverá trazer benefícios maiores que o investimento. Esteja sempre e sempre atento para conseguir melhores resultados.
Harry Beckwith manda-nos esquecer a "declaração de missão / visão", que está afixada na parede do escritório, à qual ninguém presta verdadeiramente atenção. Pois é uma simples declaração de propósitos.
Sugere que se renomeie missão e que a apresentemos como uma “paixão”, ou  “ nosso motivo de trabalharmos todos os dias”. Indica também que não deverá ser só sobre ganhar dinheiro! Deverá também apresentar uma indicação poderosa e ambiciosa para atrair clientes e inspirar funcionários e que por si própria coloque a empresa a produzir resultados.
Sugere também que se comunique melhor a visão e que seja transmitida uma ideia forte e firme, como JFK o fez quando afirmou “A América vai colocar o homem na Lua”.
Se toda gente se sentir confortável com esta ideia de visão, o êxito não está garantido. A ideia tem que criar algum desconforto para obrigar pessoas a reagirem.
Constata o autor que as pessoas são mais honestas quando falam ao telefone, porque nós não estamos a vê-la. Compara a situação como se a pessoa estivesse num confessionário. Por isso sugere que falemos com os clientes ao telefone pois conseguimos obter uma visão melhor sobre os nossos serviços.
Sugere também que façamos leituras de clássicos e das suas obras pois elas dão-nosindicações muito fortes sobre a natureza humana e assim conseguimos entendermelhor os nossos negócios.
Explica também que a Internet para amaioria dos negócios é simplesmente uma ajuda, não é a resposta. Dizendo que sea empresa não foi concebida para realizar negócios na Internet não deve esperar daí grandes resultados directos. Completa dizendo que para nove em cada dez empresas, a Internet é um cliente!
A comunicação eletrónica nunca  irá substituir o contacto direto, e oque interessa são as pessoas! 
A Internet leva-nos a negligenciar osrelacionamentos, e os negócios fazem-se de relações!

A ERA DA INFORMAÇÃO

Diz-nos também queestamos na era da informação e com uma sobrecarga de opções.
         Nos anos setenta tínhamos poucas opções de escolha. Hoje em dia, simplesmente com um telefone e suas funções infinitas como pesquisa, chamadas em espera,reencaminhamento de chamadas, identificador de chamadas, correio eletrónico, etc. e porque a mente das pessoas está cheia de informações e opções a mensagem que temos de transmitir tem de ser clara simples e visual.     E rápida:
·        Que imagem usa para transmitir a sua mensagem?
·        Consegue criar a expectativa de que é confiável e qualificado?
·        A publicidade que produz distingue-o dos outros?
·        Os seus materiais são feitos com a melhor qualidade?
·        Consegue dominar a arte de criar uma grande primeira impressão?
·        Não crie estereótipos negativos?
·        Simplifique tudo. Crie mensagens simples e claras. Coloque as pessoas confortáveis com clareza e simplicidade
·        Faça chamadas a frio (cold calls).
·        Coloque os jornais a rádio ou na TV a falar de si.
·        Faça publicidade.
·        Um artigo pode levar a um longo caminho.Editores dos jornais locais estão sempre à procura de material para preencher o espaço.
·        Seja um escritor profissional, numa revista, ou num blog digo eu! É um ´serio investimento no seu público e de relações públicas!
·        Obtenha depoimentos, mas cuidado com eles.Só funcionam se a pessoa tem testemunho credível e autoridade.
·        Evite o uso de palavras como de classe mundial, certificada ISO, qualidade superior. Em vez disso, deverá substituir estas palavras por provas.
·         Evite superlativos. Evite clichés,utilize o discurso direto.
·        Seja específico. A chave é ser breve. As pessoas querem a sua informação rápida e direta.
·        Deve descrever o que o faz diferente excelente, em 25 palavras ou menos.
·        Prepare uma mensagem que todos percebam,edite-a e reescreva-a até o conseguir
·        Verifique se o seu modelo de campanha é o da vodka Absolut. Simples, visual, implícita, diferente, e obsessivo. “Absolut brilliance”.

Armando Fernandes
Business Coach

quinta-feira, setembro 18, 2014

Stress e mudança nas Empresas

"A mudança é a lei da vida. E aqueles que confiam somente no passado ou no presente estão destinados a perder o futuro."
John F. Kennedy

As pessoas ficam em stress quando crêem que não têm, ou não têm a certeza de ter, as competências necessárias para executar as tarefas que lhes são confiadas.

O stress pode ser causado pela impaciência e ansiedade com que reagimos a acontecimentos anormais e que ultrapassam os nossos hábitos. O medo, a angústia, a tensão e o receio de falhar podem muitas vezes criar situações de stress que podem levar as pessoas a ficarem deprimidas.

No então o stress ou pressão determinadas por situações de mudança, podem ser um bom contributo para melhorar resultados na vida profissional e pessoal, e contribuir assim para uma melhoria da qualidade de vida.

Todas as pessoas têm um limiar de stress e por isso todos devemos tentar identificar os factores que criam esse stress.

As organizações e as empresas devem ter uma especial atenção aos factores de criação de stress pois assim conseguirão implementar com melhores resultados as suas estratégias de crescimento e sobrevivência num mundo que está bastante “stressado”.

O elevado ritmo de desenvolvimento tecnológico determina grandes transformações na sociedade para as quais não estamos preparados e que por si só também são factor de stress.

O ciclo normal de aprendizagem que está institucionalizado nas escolas e tem funcionado nas últimas gerações, está profundamente desadequado da actual sociedade e por isso actualmente temos de estar preparados para o estudo e formação ao longo de toda a vida. Há pois que criar um stress positivo que nos ajude a preparar estas transformações.

As empresas que conseguem sobreviver são as que estão abertas às transformações e que se adaptam às novas formas de negócio. Têm de se antecipar às necessidades do mercado e transformar as suas organizações piramidais em organizações funcionalmente capazes de criar desafios.

Estes processos de mudança normalmente geram situações traumáticas, quando são acompanhados de despedimentos e de alinhamentos para novas funções. Nestas situações é criado stress que leva à depressão dos trabalhadores, e subsequentemente poderá criar uma empresa “stressada” e deprimida.

Há pois que planear o processo de mudança projectando para toda a equipa objectivos que sejam Específicos, Mesuráveis, Alcançáveis, com Resultados e com um horizonte Temporal. E que estes objectivos respondam não só às ambições do empresário mas também às aspirações de engrandecimento e desenvolvimento pessoal dos trabalhadores, com benefícios para o seu bem-estar e que correspondam às necessidades de segurança e conforto.

Há no entanto dois níveis de percepção e interpretação desta situação. Um primeiro nível pelos gestores de topo e outro constituído pelos restantes trabalhadores.
Tem de se criar um clima de entusiasmo e uma visão positiva do futuro que se pretende construir, instituindo um processo inclusivo para que se consiga uma mobilização total, criando o tal stress positivo.

Quando as pessoas estão mobilizadas para um objectivo, os resultados são de certeza diferentes, normalmente melhores. Não posso afirmar que o processo de mobilização seja por si só a garantia de sucesso, no entanto sem ele haverá de certeza muitas depressões pessoais, podendo haver bons resultados empresariais em cima de um desastre social.

Qualquer ser humano se quer atingir um objectivo deverá primeiro pensar e depois agir, nas empresas a metodologia deverá ser idêntica. Criar a Visão, Definir qual o Caminho e que estas duas variáveis sejam Superiores à resistência à mudança.

Armando Fernandes
Business Coach

sexta-feira, setembro 05, 2014

LIDERANÇA - A importância e o papel do Business Coach no desenvolvimento e motivação de equipas em empresas














Têm sido escritos imensos livros e artigos sobre o trabalho em equipa.
Vou tentar explicar a importância do trabalho de um Business Coach numa equipa de uma empresa.

A Importância de um Business Coach numa equipa de uma empresa


Todos percebemos que uma boa organização do trabalho, com uma distribuição estruturada de funções e responsabilidades permite a melhoria da produtividade e facilita a concretização de objetivos.

Quando encontro uma equipa a trabalhar, muitas vezes vejo simplesmente um grupo de pessoas de poderiam ser essa equipa.

Chamo grupo de pessoas pois as diferenças entre os resultados que poderiam obter e aqueles que obtém são muito significativas.

Por isso tento perceber se há algum objetivo comum e que o mesmo é compartilhado por todos!

Um grupo de pessoas a trabalhar com um objetivo comum partilhado por todos já se começa a aproximar do meu conceito de equipa!

Verifiquei em contacto com alguns clientes, que me dizem que têm esse objetivo, que tinham simplesmente teoria, pois apesar de terem escrito e afixado numa parede esse objetivo a mensagem era vã.

A segunda questão chave para que haja uma equipa é a liderança, ou lideranças.


O comportamento dos líderes afetam positiva ou negativamente todas as catividades desenvolvidas na empresa.

Conheci em mais de 25 anos de catividade situações tão graves que pelo seu ridículo, não me atrevo a descrevê-las.

Percebe-se bem quando a liderança é bem exercida!

Sabemos que uma equipa é composta por pessoas, e elas percebem com que tipo de líder estão a trabalhar.

Sabem se o líder os inspira, estimula, propõe desafios e objetivos ambiciosos.

Sabem se o líder os motiva, intervém nos conflitos ou intra ou extra grupo.
Sabem se o líder organiza o grupo de forma equilibrada, para aproveitar as sinergias da catividade duma equipa que não é uma expressão matemática (1+1>2)

Sabem que o líder assume as suas responsabilidades e apoia os espirito de iniciática

Numa equipa as pessoas têm papéis diferentes e devem ter perfis à medida das funções que lhes são atribuídas.

O papel do Business Coach é:


·         O de alguém que seleciona e desenvolve as pessoas antes de lhes atribuir funções;

·         O de alguém que olha para organização analisa o perfil de cada colaborador e sugere que tipas de funções devem ser atribuídas a essa pessoa;

·         O de alguém que depois de conhecer o perfil do colaborador e as necessidades da organização vai ajudando os diversos colaboradores a desenvolver competências para novas funções ou novos desafios;

·         Apoia o líder nomeado a ser LÍDER de facto;

·         O de alguém que apoia a equipa e a faz trabalhar em função de paradigmas.

As tecnologias, as instalações e outros meios também são fundamentais para que a equipa funcione, mas o primeiro trabalho para a constituição de uma equipa começa na mente e no treino!

A composição da equipa deve tomar em conta as competências dos seus membros, mas deverá ter especial atenção às atitudes e comportamentos e tipos de personalidade.

Há que perceber que o trabalho em equipa não é apenas necessário, é uma questão de sobrevivência.


As sessões de coaching para equipas (coach em grupo) são realizadas por fases havendo momentos em que estarão presentes alguns membros ou a totalidade.

Há outros momentos onde o coaching é realizado individualmente.

Nas sessões individuais são abordadas questões levantadas pelo Business Coach que permitirão o desenvolvimento de programas de desenvolvimento pessoal e profissional para melhorarem o desempenho.

As possibilidades de desenvolvimento são imensas e os resultados são surpreendentes, pois em equipa são realizadas abordagens sistémicas e organizativas, focadas nas dinâmicas de grupo, para uma perceção de conflitos latentes. Já no plano do coaching individual haverá um maior enfoque na motivação.

Quando há necessidade de reforçar a liderança o papel do Business Coach também pode ser muito importante pois considero que a liderança pode ser aprendida!

Porque admito que toda a gente nasce com algumas capacidades de liderança, no entanto nem sempre as desenvolveram.

Para mim um líder é essencialmente um CONDUTOR, e costumo dar o exemplo de líder o MAESTRO.

O MAESTRO por ter conhecimento da melodia, dos instrumentos e das vozes, sabe como combinar os saberes e habilidades dos seus músicos conduzindo-os à criação musical de acordo com as regras constantes nas partituras, criando uma cadência, uma comunhão coerente e harmoniosa em suma a música.

Por isso o trabalho do Business Coach junto do líder nomeado é ajudar o empresário a ter um comportamento de Maestro Condutor, isto é como alguém que conhece a equipa, que sabe os valores individuais, sabe fazer-se respeitar, conhece e define e controla as regras do jogo, sabe como utilizar o tempo e orienta a equipa para os resultados.


Armando Fernandes
Business Coach